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Nossa história

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A Casa Pia de São Joaquim é uma instituição filantrópica fundada em 1799

Em 1798 chegou a Salvador, capital do Brasil na época, o jovem Joaquim Francisco do Livramento, nascido na Vila do Desterro (hoje cidade de Florianópolis), em 20 de março de 1761.Conhecido como Irmão Joaquim, abandonou a carreira comercial a qual o destinara o pai, e consagrou sua vida ao serviço dos desvalidos. Ao constatar o abandono em que viviam os meninos pobres desta terra, sem nenhuma educação e disciplina, resolveu buscar solução para esta causa, pedindo à Rainha D. Maria I autorização para estabelecer um hospital público e seminário para estes meninos. Como não conseguiu de pronto a autorização, comprou com os recursos das primeiras doações uma casa no Santo Antônio Além do Carmo.


Em 4 de junho de 1804, o irmão Joaquim obteve do Governador Capitão General Francisco da Cunha Menezes, a administração da Capela de São José de Ribamar, passando o espaço a se chamar Casa Pia dos Órfãos de São José.

Em 1818, o Governador Conde de Palma, D. Francisco de Assis Mascarenhas, reconhecendo a grande utilidade e importância daquele trabalho, solicitou ao Príncipe Regente a concessão das ruínas do antigo convento dos extintos Jesuítas, conhecido como o “Noviciado”, situado na praia da Jequitaia, para acomodar um maior número de meninos. Dessa forma, em julho de 1818, D. João VI ordenou que o Governador, Conde de Palma, fosse encarregado de regenerar a Casa Pia e organizar os seus estatutos, tornando-se seu primeiro Provedor.


Por esta ocasião, a corporação do comércio havia promovido uma grande subscrição para solenizar a coroação do monarca reinante D. João VI, e surgiu então a ideia de aplicar-se apenas nos festejos o necessário para um solene Te Deum, destinando-se a quantia restante para a reedificação daquele edifício.


No dia 12 de outubro de 1825, dia do aniversário de D. Pedro I, 28 órfãos foram transferidos das casas do Santo Antônio Além do Carmo, em procissão solene e pomposa, para o novo edifício, batizado como Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim, para honrar a memória do seu instituidor.

Eram atendidos pela Instituição os filhos de feirantes da feira de São Joaquim, filhos de mães solteiras que não tinham com quem deixá-los quando saiam para trabalhar, filhos de famílias carentes do bairro, filhos e netos de escravos (a instituição foi fundada na época em que se consolidava o processo da abolição da escravatura).


No início, na instituição dos Órfãos de São Joaquim havia apenas oficinas para cursos técnicos como sapateiro, pedreiro, eletricista, carpinteiro, ferreiro com o intuito de profissionalizar mão de obra e inserir estes menores no mercado de trabalho e, no caso dos filhos e netos de escravos, oferecer-lhes uma profissão inserindo-os na nova realidade.


Ao longo dos anos, o Colégio Casa Pia dos Órfãos de São Joaquim desempenhou papel importante na fase de transição do trabalho escravo para o assalariado, retirando menores da rua e dando a eles a oportunidade de aprendizado.

A Instituição deixou de funcionar como orfanato em 2004 e atualmente atende, gratuitamente, cerca de 200 crianças entre 2 e 5 anos (pré-escola), com a missão de acolher e formar. Conta com o respaldo legal da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, com a certificação da Instituição sendo reconhecida como entidade beneficente de assistência social, intitulada Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS), a fim de prestar serviço na área de Educação. 


Tombado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN) em 1938, o conjunto arquitetônico faz parte do Centro Histórico de Salvador, Patrimônio Mundial da UNESCO.

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